Telemarketing na mira do MPT

13/08/2018 – Pelo menos 80 denúncias envolvendo empresas do setor de telemarketing foram registradas no Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB). Elas foram reunidas em aproximadamente 30 investigações que estão em tramitação atualmente na instituição.

Na Paraíba, foram registrados 15,6 mil afastamentos de trabalhadores (auxílios-doença) por adoecimento e/ou acidente do trabalho no período de 2012 a 2017, segundo o Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, ferramenta do MPT e da OIT. O impacto previdenciário dos afastamentos foi de R$ 128 milhões e entre os 10 setores recordistas está o de teleatendimento.

Para tratar justamente sobre a precarização verificada nessa área, em especial sobre as condições de trabalho a que estão sendo submetidos funcionários de call centers e sobre graves violações de direitos trabalhistas, o procurador-chefe do MPT-PB, Carlos Eduardo de Azevedo Lima, reuniu-se com o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Paulo Marcelo de Lima e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações da Paraíba (Sinttel-PB).

A reunião aconteceu na sede do MPT, em João Pessoa, no último dia 1º. A comissão recebida pelo procurador-chefe relatou uma série de irregularidades que vêm ocorrendo no ambiente de trabalho, principalmente em uma grande empresa de call center com sede na Capital, que possuiria aproximadamente 1,3 mil empregados, a maioria deles sendo formada por mulheres e jovens.

De acordo com o presidente do Sinttel-PB, Wallace Pereira, as empresas fazem cobranças abusivas dos funcionários, exigindo o cumprimento de metas difíceis de serem atingidas.

Essas pressões psicológicas, de acordo com o Sinttel, têm causado o adoecimento mental de trabalhadores. Há casos de funcionários com depressão, transtorno de ansiedade e outros problemas de saúde.

Durante a reunião, o procurador-chefe ouviu a comissão e as denúncias apresentadas por seus integrantes.

Segundo ele, “esta questão vem sendo acompanhada pelo MPT, inclusive com ajuizamento de ações judiciais que se encontram em tramitação no Judiciário a partir de provocação do Ministério Público, sendo imprescindível que avancemos para modificar esta absurda realidade de desrespeito à dignidade humana nas relações de trabalho”, enfatizou.

 

Fonte: Ascom / MPT-PB.

 

 

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