MPT participa da cerimônia de posse do novo Superintendente Regional do Trabalho na Paraíba

26/04/2023 – O Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB) participou, na tarde da última segunda-feira (24), da cerimônia de posse do novo superintendente Regional do Trabalho na Paraíba, Paulo Marcelo de Lima. A solenidade aconteceu no Auditório da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-PB), em João Pessoa.

“O superintendente Paulo Marcelo tem larga experiência no movimento sindical, é conhecedor do mundo do trabalho, vivencia as relações de emprego diuturnamente, de forma que tem muito a contribuir e construir estando à frente da Superintendência Regional do Trabalho”, afirmou a vice-procuradora-chefe do MPT na Paraíba, Marcela de Almeida Maia Asfóra, que representou a Instituição na solenidade. “Desejamos sucesso ao superintendente Paulo Marcelo nesta missão de conduzir a Superintendência Regional do Trabalho na Paraíba, órgão de extrema relevância para o desenvolvimento decente das relações de emprego”, concluiu.

O procurador do Trabalho Carlos Eduardo de Azevedo Lima também participou da solenidade de posse, tendo destacado a relevante parceria entre o MPT e a Fiscalização do Trabalho na defesa e na promoção dos direitos sociais, ressaltando que “o fato de termos um superintendente à frente da representação do Ministério do Trabalho na Paraíba que conhece muito de perto, como experiente representante de categoria profissional, as demandas, as dificuldades e as necessidades cotidianas dos trabalhadores e das trabalhadoras, em muito contribuirá, seguramente, para que possamos avançar cada vez mais na pauta conjunta de reafirmação e de consolidação de condições dignas de trabalho em nosso Estado”.

Servidores da Superintendência Regional do Trabalho na Paraíba, auditores fiscais do Trabalho, representantes de sindicatos, associações, lideranças sindicais de vários municípios da Paraíba e de Estados vizinhos prestigiaram a posse e lotaram o Auditório da Fetag, que leva o nome da líder sindical Margarida Maria Alves, símbolo da luta pela igualdade de direitos para as mulheres do campo. Participou também da solenidade o perito em Engenharia de Segurança do Trabalho do MPT, Aristarcho Pessoa de Aquino.

Sindicalista com mais de 35 anos de atuação nos movimentos sindicais, Paulo Marcelo de Lima foi presidente da Central Única dos Trabalhadores na Paraíba (CUT-PB), dirigente do Sindicato da Construção Civil (Sintricon-JP) e tem em seu currículo uma trajetória de luta pelos direitos dos trabalhadores. Em seu discurso, ele cumprimentou lideranças, trabalhadores e empregadores. Relembrou o início de sua trajetória. Agradeceu às centrais sindicais e ao Ministério Público do Trabalho.

“A missão é muito grande porque faltam servidores, auditores fiscais, mas vamos lutar para reconstruir o Ministério do Trabalho e Emprego. Então, entro com esse sentimento de que a missão é muito árdua, mas tem um corpo de pessoas muito boas na Superintendência. Tem o Ministério Público do Trabalho, a Justiça do Trabalho e sei que não estou sozinho. Tem muita coisa boa para ser feita sem precisar gastar dinheiro porque empodera as pessoas. Vim do chão do trabalho e quero continuar dialogando com todas as categorias”, afirmou Paulo Marcelo de Lima.

“Quando entrei no movimento sindical, fui expulso daquele sindicato. Fui participar de uma assembleia e pedir botas pra gente não furar os pés nos pregos espalhados nas obras e um ‘chapéu de plástico’, pois não sabia que se chamava capacete. Não desistimos. Três anos depois, já participava da negociação coletiva para negociar o salário das pessoas. Fomos no Ministério do Trabalho e também fui expulso. Era um total abandono dos trabalhadores nas obras. Não tinha uma bota, um capacete, uma luva, um cinto de segurança, não tinha onde cozinhar o feijão, porque às vezes não tinha nem o feijão. Era assim o mundo do trabalho naquela época e a gente queria transformar isso”, relembrou Paulo Marcelo.

“A luta foi grande! E, há 10 dias, quando entrei na sala da Superintendência, fiquei emocionado! Foi duro demais meu trabalho na construção civil, mas tinha que trabalhar pra dar comida aos irmãos. Então, acho que é por essa razão, por essa teimosia toda, que estou aqui”, concluiu o superintendente. 

Texto e fotos: Ascom MPT-PB.

 

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