Campanha do MPT alerta contra exploração de crianças e adolescentes no Carnaval
01/03/2019 - O Carnaval começa oficialmente amanhã, mas desde a semana passada o Ministério Público do Trabalho intensificou o alerta sobre a exploração do trabalho de crianças e adolescentes no período pré-carnavalesco e durante as festividades de Momo.
No meio da festa e da folia, meninos e meninas se tornam ‘invisíveis’ trabalhando como vendedores ambulantes, catadores de lixo ou em outras atividades. Esse trabalho precoce tira deles a chance de estudar e brincar. Enquanto milhares de foliões pulam Carnaval no Brasil, crianças ‘pulam’ a infância.
Para alertar sobre essa realidade e combater esse ciclo perverso do trabalho infantil, o MPT lança campanha nas suas redes sociais. As ações contam com parceiros da rede de proteção à infância. Na Paraíba, por exemplo, tem o apoio da Casa Pequeno Davi (em João Pessoa) e do Instituto Solidarium, com o projeto ‘Tamanquinhos das Artes (em Campina Grande).
Na Paraíba, a procuradora Edlene Lins Felizardo, coordenadora regional da Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Coordinfância), ressaltou que a atuação do MPT é permanente.
Ela lembrou que em grandes festas, como o Carnaval, a atenção precisa ser redobrada, já que principalmente meninas, ficam mais vulneráveis à exploração sexual, esta considerada crime e umas das piores formas de trabalho infantil.
A procuradora também destacou a atuação diária do MPT no país, com números altos de ações em investigação sobre o tema.
3,5 mil ações no país
Para se ter ideia, o Ministério P
Desse total, 135 procedimentos estão sendo acompanhados na Paraíba, o 13º Estado do País com maior número de investigações.
“Nesse período, é comum o aumento de casos de trabalho infantil, principalmente em cidades onde há tradição de Carnaval. Por isso, fazemos esse alerta, pedindo o apoio da população, para que não compre produtos vendidos por crianças, porque incentiva ainda mais essa prática”, enfatizou Edlene Lins Felizardo.
“Pedimos a compreensão e a colaboração da sociedade civil organizada, que é uma grande parceira do MPT”, reforçou a procuradora.
Campanha
A campanha - composta de cards para redes sociais - orienta turistas e a sociedade em geral a não consumir produtos ou serviços oferecidos por crianças. Também pede que qualquer flagrante de exploração seja denunciado pelo Disque 100 ou no site www.mpt.mp.br.
Fonte: Ascom / MPT-PB
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