MPT debate discriminação de gênero e futuro do trabalho
15/03/19 - “Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas” é o 5º dos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS), que constam na Agenda 2030 da ONU. Para reforçar o combate à discriminação de gênero e a outras violações dos direitos das mulheres no mundo do trabalho, no Brasil, o Ministério Público do Trabalho (MPT) participa de debates durante todo este mês de março.
Apesar de a igualdade de gênero ser um dos 17 indicadores brasileiros para atingir o desenvolvimento sustentável, as mulheres ocupam apenas 39,1% dos cargos gerenciais do país, conforme mostra pesquisa do IBGE de 2016. No Estado, o percentual de paraibanas ocupando cargos gerenciais é ainda menor: 38,1%. Os dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) são ainda piores: só 27,1% das pessoas em cargos diretivos no mundo são mulheres.
“Está claro que precisamos de políticas públicas mais efetivas, com ações afirmativas que assegurem uma maior inclusão das mulheres no mercado de trabalho e em cargos melhores”, destaca a procuradora Valdirene Silva de Asssis, titular da Coordenadoria Nacional de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho (Coordigualdade/MPT).
Com o objetivo de ampliar essa discussão, vários eventos estão programados para este mês. No dia 22, haverá a “Reunião sobre igualdade de gênero na ciência e tecnologia”, na sede da Procuradoria-Geral do Trabalho, em Brasília. Organizada pela ‘ONU Mulheres’ e pelo MPT, tem o objetivo de estabelecer diálogos e parcerias, replicar boas práticas e traçar novas estratégias para a promoção da igualdade de gênero. Para participar, é preciso entrar em contato pelo e-mail: mulheres.tecnologia@gmail.com.
Levantamento do MPT. Dentro do MPT, desde 2018, o número de procuradores e servidores do sexo feminino (50,34%) já ultrapassa os do sexo masculino (49,66%). O percentual de servidoras que ocupam cargos de chefia também é maior, chegando a 51,72% no ano passado. E os aprovados no último concurso para a carreira de procurador do MPT comprovam a tendência: foram 20 mulheres, o dobro do total de homens.
Dados globais. Estudo da OIT revela que 44,3% das mulheres em cargos de direção no mundo possuem título universitário em comparação com 38,3% dos homens na mesma situação. Além disso, 41,5% das mulheres com título universitário estão desempregadas, contra apenas 17,2% dos homens em situação similar. As informações estão reunidas na publicação “Un paso decisivo hacia la igualdad de género: Para un mejor futuro del trabajo”.
Segundo o estudo, somente 45,3% das mulheres do mundo estão empregadas, em comparação com 71,4% dos homens. Outro número interessante constatado na pesquisa foi que 69,8% das mulheres do planeta preferem ter um trabalho remunerado e 66,5% dos homens também preferem que elas o tenham.
Mesmo assim, em 2018, as chances de uma mulher trabalhar foi 26% menor do que a de um homem, o que significa uma melhora de apenas 1,9% em relação aos números de 1991. Com isso, a publicação conclui que a desigualdade entre homens e mulheres quase não teve alteração em 27 anos, mas aponta possíveis medidas a serem adotadas para a igualdade de gênero.
Fonte: Ascom/MPT-PB
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